correcção.
No anterior
post pode ter ficado implicito nas minhas palavras uma situação que, de facto, não corresponde à verdade. Para já, convém esclarecer que fazer um estágio curricular no jornal Público é dos melhores estágios que se podem fazer - não só porque é dos sitios onde se dá maior confiança ao estagiário que queira aprender e trabalhar, mas também porque é dos
poucos meios de comunicação onde se paga um subsidio de alimentação. 150 euros é pouco. Sim. Mas a verdade é que no jornalismo a maior parte dos estágios curriculares não são sequer pagos, nem um tostão [como podem ver no primeiro post deste blog, onde é referido que as diferenças entre DN e Público, há uns anos]. Depois, no meu anterior
post, acabei por não referir a diferença clara que existe entre estágios curriculares e jornalistas estagiários - onde os vencimentos são totalmente distintos. Além disso, como mencionei, penso que se trata de uma iniciativa interessante e importante. As diferenças justificam-se, porque serão doutorados, pessoas ligadas às universidades, que irão ser seleccionadas para estagiar na redacção. O que quis demonstrar, até certo ponto, foi a discrepância que poderá haver entre duas situações que são distintas, mas que ocupam um mesmo espaço [a redacção] e um posto com semelhanças - embora com qualificações e experiências diferentes.
Normalmente os jornalistas recorrem a cientistas, doutorados ou especialistas para tentarem perceber melhor uma determinada área. Logo parece louvável trazer esses conhecimentos de uma forma directa para o jornalismo.
De qualquer forma, o que me faz alguma confusão é a génese actual do jornalismo (como é encarado pela sociedade e como é pago). Tudo isto do ponto de vista de quem entrou - ou tenta entrar - na profissão actualmente. Relativamente à iniciativa do Público, se calhar não foi um bom exemplo para pegar, dadas as diferenças. O objectivo era apenas enfatizar as dificuldades para quem entra nesta profissão.